
Os computadores e a telefonia celular estão entrando com velocidade de banda larga nos lares gaúchos e brasileiros. Em apenas cinco anos, mais do que dobrou a proporção de domicílios com micros, acesso à internet e telefone móvel no Estado e no país.
Somente entre 2007 a 2008, 130 mil novas residências gaúchas ficaram online. No total, o Estado tinha no ano passado 904 mil residências conectadas à rede mundial de computadores – 500 mil a mais do que em 2003. Isso significa que um em cada quatro lares riograndenses abrigava um computador com acesso à internet. No Brasil, 18 milhões de casas contavam com um PC, 13,7 milhões dos quais navegavam pela web.
O Rio Grande do Sul também é o Estado mais telefônico do Brasil: 92,5% dos lares têm um aparelho fixo ou celular. Apenas o Distrito Federal apresenta índice superior, de 97,2%. O avanço acelerado da telefonia e da internet entre as famílias brasileiras é uma das principais revelações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio de 2008 (Pnad), divulgada ontem pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística. O levantamento é realizado anualmente, com a finalidade de coletar dados sobre o desenvolvimento socioeconômico do país. Os dados do ano passado são fruto de uma pesquisa com 391.868 pessoas e 150.591 unidades domiciliares.
A partir desse esforço, o IBGE constatou que o índice de domicílios gaúchos com computador chegou no ano passado a 34,8% – mais do que um terço do total. Isso representa 1,27 milhão de casas computadorizadas. Cinco anos antes, o índice era de 17,07%. O acesso à internet pulou de 11,93% em 2003 para os 24,76% de 2008. A pesquisa mostra que mesmo famílias com renda menor entraram para o mundo virtual.
– Mesmo com a crise, o poder de compra se manteve. Os dados mostram que, nas faixas de renda menor, o computador entra mais devagar, mas entra também. Ele teve um incremento grande porque era um item que muitas casas não tinham – diz Carla Costa, coordenadora estadual da Pnad.
Na área da telefonia, a pesquisa aponta um fenômeno curioso. Há indícios que parte das famílias descartou os equipamentos fixos e passou a usar o celular dentro de casa. Conforme a Pnad, já eram, em 2008, 48,82% os lares gaúchos que tinham só celular.
Fonte: zerohora.clicrbs.com.br